guerrilha urbana
Estou a ver na televisão a ida das claques do sporting e do benfica para o derby. E a ouvi-las e a vê-las em directo da minha janela. Algures pela segunda circular, segue um conjunto de sportinguistas, liderados por cromagnons de torso à mostra que incitam a gritos de guerra: vão cercados por um cordão policial como animais perigosos. Do lado de lá da rua, selvagens do benfica lançam epítetos simpáticos aos primeiros e fumos cor-de-rosa explodem no ar. O ambiente é de guerrilha urbana, e vê-se o medo do descambo na cara dos polícias, por detrás dos capacetes. Um nojo e uma vergonha. Futebol? desporto? Por favor.... "Claques chegam à zona das redes", diz no rodapé. À zona das redes?! A juve leo tem como símbolo um índio qualquer daqueles assassinos. Close up da animalária sportinguista, a investir contra as redes e a mostrar o dedo (e outras coisas) às câmaras. Os "adeptos" levantam as redes, tentam trepá-las, atropelam-se e arremessam pedras. O jornalista interpela a agente da PSP que responde estar tudo a correr bem, tudo normal, enquanto, por trás dela, a propensão para a pancadaria e para o descalabro cresce a olhos vistos, com os sportinguistas danados por estarem numa fila (?!) para serem "revistados" (LOL). Parece que 20 "adeptos" foram "desviados" do estádio para a esquadra ("desviados" é um belo eufemismo). Como diria o mestre Oliveira, pelos vistos, os homens foram mesmo feitos para guerrear, para lutar. Fosse esta força bruta de anormais direccionada para a luta contra a crise, em vez das manifestações pífias contra a troika e greves inócuas (a não ser para os nossos bolsos) a que temos assistido, e se calhar o governo prestava mais atenção ao "povo". Ou então mandem-nos para uma zona de guerra algures no globo, matar mauzões fundamentalistas. E se levarem com umas balazitas de retorno, francamente, também não se perde grande coisa.
P.S. Spooooorting!