à noite
por Vieira do Mar, em 13.01.05
quando fecho os olhos e sinto as doces respirações que se espalham pelo resto da casa, atacam-me medos gigantescos de doenças e desgraças. Tão grandes que não os escrevo aqui, não vão as letras formar palavras que dêem ideias estranhas a quem quer que mande nisto.
E então fico quietinha, muito quietinha, debaixo dos lençóis, a estender mentalmente os meus braços, as minhas pernas e as minhas asas protectoras sobre quem dorme por perto, esperando que a dor nunca repare neles.
E então fico quietinha, muito quietinha, debaixo dos lençóis, a estender mentalmente os meus braços, as minhas pernas e as minhas asas protectoras sobre quem dorme por perto, esperando que a dor nunca repare neles.