...
por Vieira do Mar, em 06.08.06

Aqui, me devolvo as proporções devidas e se me finda o ano civil e a impaciência.

Aqui, esqueço o meu nome de guerra.

Sei que, para lá da linha do oceano, em breve,

estará gasta, do uso, a ilusão de que poderíamos viver sempre assim,

a embalo dos caprichos de um gerador fraquinho,

à mercê da boa vontade dos bombeiros e locomovendo-nos a iogurtes, sandes e sal.

Aqui, onde o silêncio não constrange nem empecilha os amores maiores,

porque nenhum ruído de fundo contamina os seus puros propósitos.
