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por Vieira do Mar, em 18.01.07
o pai adoptivo leva seis anos de prisão efectiva pelo sequestro da filha, negando-se a entregá-la ao pai biológico. Este tem um ar miserável e refere-se à criança como “a menina”. Tem um ar doente e mal alimentado, parece drogado ou medicamentado e mostra aos repórteres o suposto “quarto” que espera pela “menina” Esta foi-lhe entregue por um juiz porque … sei lá porquê, porque foi o gajo do zigoto, e ele está à espera. Os tweetys na parede lembram um salão de matraquilhos num contentor da Reboleira É óbvio que todas as pessoas decentes e de bem estão do lado dos pais adoptivos que, parece, tratavam bem a criança e são os únicos que ela alguma vez conheceu como pais; e querem que o desgraçado do pai biológico, se cagando nos sentimentos e na estabilidade psicológica da “menina” e exigindo a sua posse, vá morrer longe. Mas o que me choca especialmente é esta coisa dos seis anos efectivos. Efectivos, pá. Quem vive no mundo dos tribunais, sabe bem que uns maus tratos a menor, meia dúzia de furtos, dois ou três roubos, mais algumas falsificações , até certas violações, dão sentenças com penas de prisão suspensas. Roubos cumulados, com violência, armas apontadas à cabeça e assim, dão praí uns quatro, cinco, anos de prisão efectiva. Homicídios negligentes, dão dois anos de pena suspensa; ofensas corporais graves, dão penas de multa… e este pai apanha com seis anos EFECTIVOS? Por, ao fim de cinco anos, se ter recusado a entregar a filha ao tóxico e à parede dos tweetys? Hã? Até parece revanchezinha, não é?, tipo ai não dizes onde está a miúda?, então toma lá seis anos e embrulha, que também não a hás-de ver tão depressa. Ora, ora,claro que não é nada disto. Disparate.