assim não*
Pela primeira vez na vida, considerei votar PSD. Eu, que sempre jurei que, caso me fosse impossível continuar a votar PS, votaria directamente no PP sem passar pela casa da partida nem receber duzentos euros, no fundo sempre soube que, chegado o momento, não seria capaz de pôs a cruzinha na direita. Gosto de Portas e concordo muitas vezes com o que diz mas a possibilidade de um bando de betos hipócritas ficar com poder suficiente para revogar, por exemplo, a Lei do Aborto e provocar um retrocesso civilizacional de vinte anos, é demais para mim. Superior a todas as troikas e pacs. Portanto, e apesar do amadorismo suburbano de Pedro Passos Coelho, estava disposta a respirar fundo e a votar na alternativa a Sócrates. Mas depois apareceu o Fernando Nobre, que concorre por Lisboa e eu voto em Lisboa. E acho, sinceramente, que a criatura é o que de mais patético apareceu na política nacional nos últimos anos (e olhem que há muito por onde escolher). É um vaidosão tonto, um parvo que só diz disparates, um verdadeiro tiro no pé para o PSD. Será que o partido tem noção da quantidade de votos que perde a cada vez que o dito abre a boca? E será que se apercebe de que ganhar estas eleições não é exactamente favas contadas e que cada voto conta? Este aval à mediocridade política que teima em pôr-se em bicos dos pés não augura nada de bom para o PSD, desafortunadamente.
* Depois das declarações de hoje de Portas, poderia jurar que ele leu este post. Ou então, há por aí muita gente a pensar exactamente como eu (o mais provável).