valha-nos nossa senhora da vuvuzela
Mesmo com vitórias pífias, a selecção deprime-me, em todo aquele seu esplendor apatetado. No domingo foi tudo pró Jamor aplaudi-la e, segundo o jornalista da RTP e a mamalhuda que o acompanhava, o ambiente estava "fantástico". Algures em estágio, nos balneários, a malta apresentava-se bem-disposta e folgazona, indiferente à mediocridade até agora exibida, a qual, não só não lhes quebrou o ânimo, como não lhes conferiu um pingo de decoro ou de vergonha. O ar descerebrado da matilha obrigou-me a concluir que existe indiscutivelmente uma relação inversamente proporcional entre o pontapé na bola e o desenvolvimento cognitivo. E, algures por entre risinhos, encontrões e apalpões (há grande dificuldade na articulação da palavra, é um facto), um Carlos Queirós com ar enfiado, ombros caídos e looser escrito all over. Quer-me parecer que esta atitude galhofeira da malta do balneário não é exactamente do agrado do povão. Os portugueses são gente sisuda e desconfiada, incompetentes quando no seu habitat natural (leia-se; quando em território nacional, deve ser do ar), mas estão sempre danadinhos para exigir profissionalismo aos outros. Um bocadinho de seriedade, caramba!, parece que estou mesmo a ouvi-los. Pois é, continuem no recreio, meninos, continuem assim, que não haverá nossa senhora da vuvuzela que nos salve. Sendo certo que eu, pessoalmente, não pretendo ser salva. Ou, nas palavras prescientes do homem da casa que, perante um estou farta desta porcaria da selecção e do mundial!, já não se aguenta!, responde, deixa lá, querida, depois de começar, vai ser rápido...