MST versus GA
Quem me lê sabe que acho o Gonçalo Amaral (GA) uma criatura abjecta; não só pelas suas intervenções públicas, mas pelo conteúdo do livro que escreveu - e que li com atenção. Basta vê-lo e ouvi-lo para se perceber a incompetência tendenciosa que dele transpira. Fala mal, explica-se pior e, neste momento, tem a lata de estar a dizer a MST que "não defende nada" e não "acusa ninguém". MST, e bem, repara que GA, antes de fazer o que quer que fosse, desconfiou dos progenitores, logo no primeiro dia, e que esta foi sempre a única hipótese de trabalho - e é exactamente isto que se passa no livro: todas as outras pistas ficam por explorar, a partir do momento em que o caso se transforma apenas numa perseguição aos McCann. As objecções de MST, inevitáveis, são aquelas que coloco (eu, e qualquer pessoa minimamente sensata) sempre que converso com alguém sobre o assunto: como é que dois ingleses que não conheciam o local, à noite, matam a filha e se desfazem do corpo em apenas meia hora?!. Para isto, GA não tem grande resposta, aproveitando para acusar o Ministério Público (who else?), por causa do arquivamento. Entramos, então, no tema "Leonor Cipriano", a quem a criatura e alguns amigos resolveram moer de pancada para sacar uma confissão. MST fala da sentença de condenação, que põe em causa, por nunca ter sido encontrado o corpo da filha da condenada: concordo plenamente, o acordão em questão é feito pala rama e assente em pouca prova. GA, mais uma vez, engasga-se e mete os pés pelas mãos. Voltando a Maddie, e a propósito de os McCann terem regressado a Inglaterra cinco meses depois, e de terem sido apontados a dedo pelo facto de se terem ido embora, não diz sim nem não, engasga-se. Entretanto, põe-se a fazer uma declaração a favor da liberdade de expressão, espraia-se um bocadinho, mas logo MST lhe corta o pio, acabando por lhe perguntar o óbvio: se alguma vez pôs a hipótese de o casal ser inocente e se, perante essa hipótese, dorme tranquilamente. O tempo impede que GA entaramele mais uma resposta parva com aquele seu ar esbugalhado de vítima. Fim da entrevista: mais uns minutos e MST acabava com ele, que pena.