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Não admira que Moita Flores dê o seu apoio a Gonçalo Amaral, aquilo é tudo farinha do mesmo saco. Não sei se fui só eu que, quando li o livro deste sobre Maddie, oscilei entre o riso escarninho e a náusea. Também não faço a mínima, se os McCann são ou não culpados mas, se estivesse no lugar deles, atirava com tudo o que fosse procedimento legal contra o pêjota: penal, civil, o que houvesse à disposição para o esmifrar e fazer sofrer. A sanha persecutória da criatura contra o casal é algo patológico e doentio que nada tem a ver com Liberdade de Imprensa. Porque o livro em questão não é a narração de factos em prol do conhecimento público, mas sim a distorção e adulteração dos mesmos, para os fazer caber na tese encasquilhada pelo seu autor. A improbabilidade prática de muitas das teorias que defende, como se fossemos todos parvos e engolíssemos assim, sem mais, a culpabilidade do casal, os buracos na narrativa, as contradições por explicar, nada disso trava Gonçalo Amaral, que se acha uma espécie de Justiceiro, que acerta onde todos os outros falharam e redime a incompetência acusatória do MP. Quando a esperteza saloia se alia à arrogância e a um naco de poderzinho mediático, pode fazer muitos estragos, alguns irreparáveis.