verbis tantum
por Vieira do Mar, em 23.10.09

A terra, plana, acaba num abismo que és tu. Espalhas o teu cheiro como incenso pela casa e eu a farejar-te rasteira pelos cantos do escritório, dos quartos. Quem sou eu? Que sou eu? Porque continuo a encapelar-me quando me tocas, mesmo se apenas me olhas, até quando só te imagino? Porque me queres ouvir dizer não quando toda eu sou sim e transpiras para cima de mim a raiva de não conseguires ser perfeito? Nada tenho para te dizer, tinha tanto para te contar.