esmiucemos o tempo de antena
Não percebi a atitude de Ricardo Araújo Pereira, ontem, com Pedro Santana Lopes, que usou o programa para a mais desavergonhada propaganda, aproveitando-se do silêncio do primeiro. Não sei se RAP pensou "deixa-o falar, que faz o espectáculo sozinho", mas a verdade é que PSL vinha com a cassete bem metida e trazia a campanha na ponta da língua - embora, sinceramente aquilo tenha parecido mais as recomendações legais que se ouvem em tom acelerado no fim dos anúncios na rádio a medicamentos de venda livre: a foçanguice verbal é tanta, que ninguém percebe nada do conteúdo da mensagem. É que até as perguntas de RAP foram fracas e previsíveis. Pronto, não deve ser fácil ser diariamente genial e superar sempre as altíssimas expectativas de todos os espectadores fãs dos Gato (nos quais me incluo), mas bolas!, estamos a falar de Pedro-Santana Lopes, o palhaço, o bobo-mor da classe política, aquele cuja estupidez e incompetência são de tal modo ubíquas, que conseguiu fazer merda, tanto no governo, como na autarquia. Havia tanto por onde pegar, caraças!, que inexplicável desperdício...