ir
Babylon, Zeca Baleiro
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Babylon, Zeca Baleiro
Num ataque de insanidade temporária, resolvo arrastar a família para a "Feira do Livro e do Artesanato" no passeio (?) de Quarteira. É uma coisa quase pavloviana: falam-me em artesanato e eu estou lá, a encher-me de colchas indianas, mesinhas pintadas à mão e brincos coloridos que me descem até aos ombros, a regatear, se preciso for, em hindu ou num dialecto árabe qualquer que nunca aprendi, como aqueles possuídos que recitam em aramaico. É claro que, no caso em apreço, a pobreza artística era tal que acabei por me concentrar apenas em sair rapidamente do meio da multidão, que se atulhava em rajás e gomas, para o reduto civilizacional mais próximo (no caso, Vilamoura). E, enquanto fugia e tentava desesperadamente salvar os meus de mais uma cigana com malas tipo Guess, constatei um facto interessante que deveria ser aprofundado, quiça objecto de tese académica: o povo tem uns canitos horríveis.