como sempre,
chego tarde e a más horas à história do momento: os corninhos do Pinho. Pelos vistos, o inesperado gesto foi dirigido a Bernardino Soares, esse bastião comunista da democracia, na verdade uma criatura abjecta, do piorzinho que o nosso Parlamento alguma vez pariu. Não sei exactamente o que aconteceu, mas quanto a mim o Bernardino (só o nome...) devia estar a merecer, não apenas um bom par de cornos - daqueles feitos como deve ser só com uma mão -, mas ainda que lhe tivessem mostrado o dedo e feito o gesto de o enfiar pelo cu acima para, logo a seguir, ser presenteado com um ou dois manguitos, primeiro com um braço e depois com o outro, para equilibrar. E o que aconteceu subitamente às caralhadas que têm vindo a ser proferidas alto e bom som por outros ilustres representantes do povo, exactamente no mesmo sítio? E aquele parolo do Poço de Boliqueime (perdão, da Fonte de Boliqueime de onde jorra incenso e mirra, de tão fina que agora é) bem que podia ter ficado calado, em vez de ciciar inoportunidades, como de costume. Cambada. É que tadinho do Pinho, juro, uma pessoa até fica com pena.