como acontece todos os anos
vem o calor, e este blogue entra no defeso.
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vem o calor, e este blogue entra no defeso.
“Quer mesmo escrever coze com z?”, professora identificada. Quero. Foi de propósito. Sim, sei a diferença entre cozer e coser. Por razões cá minhas, apeteceu-me baralhar o texto. Começou por ser com "z", acrescentei a última oração, mudei para "s", depois outra vez para "z". A interpretação é nenhuma - ou, pelo menos, nenhuma que interesse a alguém, só a mim. Uma questão de frios e de calores, enfim. Esta merda é apenas um blogue sem agenda. Onde às vezes se debitam coisas que só fazem sentido para quem as escreve. Isto é porque ando fartinha até aos cabelos do escrutínio obsessivo dos nazis da escrita, que a esta hora já se estão a babar ante a perspectiva de me assinalar prontamente mais um erro (como é óbvio, não falo de si, senhora professora, que me fez este único reparo, para mais, pertinente). Ou seja: escusam de se maçar, sim?
não andam fáceis. Têm sido dias sem música (dias sem música nunca são dias fáceis). Nem mesmo o calor do Sol, entrecortado embora por um vento agreste que nos deixa incertos, desbasta este silêncio que me coze as entranhas umas às outras, com pespontos grosseiros e arrepanhados.
para o colectivo da minha caixa de email dos últimos dias: Marinho Pinto é um mal-educado, um grosseirão que envergonha a classe dos advogados, que têm toda a razão em quererem ver-se livre dele - pelos meios legítimos que tenham à sua disposição, claro. Aliás, Marinho Pinto envergonha a classe das pessoas em geral. E já agora, embora não tenha nada a ver: Rangel, se conseguir controlar os agudos quando se excita, ainda ganha a cena para o PSD, o PS que se ponha a pau.
Francamente, não me incomoda por aí além a falta de isenção jornalística de Moura Guedes; tudo o que for um arremedo de oposição ao governo, por estes dias, parece-me bem. Saudável, pelo menos. Cada um joga com as armas que tem, e as de quem está no poder num determinado momento são sempre poderosas, por isso que venha o contraditório, sob que forma for. Por outro lado, não suporto o cacarejo demagógico e oportunista de Marinho Pinto, que tanto agrada (obviamente) ao povão, que acha que foi bem feito, a gaja estava a pedi-las (atenção: o facto de se tratar de uma mulher não é despiciendo). Na verdade, o que não suporto mesmo é ver a Justiça portuguesa entregue a carroceiros das berças. Porque, devido a uma estranha conjugação astral, neste momento é o que temos, em especial ao nível dos mais altos representantes dos agentes judiciários.
Ela desbaratava-se, consumia-se inútil, uma vela acesa num quarto vazio, procurando-o por nome, apelido e actividade profissional, sabendo quando chegava, quando se ia e nada lhe dizia, só não sabendo porque nada lhe dizia, num entretém masoquista em círculos, no qual se mordia a cauda. Puxava para si os fios que a ele conduziam, seguindo-o nos fóruns, nas opiniões das quais discordava, nos gostos que não os seus, mantendo intacta a necessidade de lhe participar a inquietação, de o notificar da dificuldade por vezes em adormecer, outras em se levantar, bem como da persistência dos cheiros, que se elevavam acima da ausência da Primavera, e das coisas que teimavam em assumir outras formas, como ele preso dentro dela, em construção, um navio feito de fósforos estrangulado numa garrafa de vidro.
Con lo que queda de tí dentro de mí
Con lo que queda de mí dentro de tí
Hagamos combinaciones.
Omar Pérez
mou-ra-gue-des! mou-ra-gue-des! mou-ra-gue-des!
" Fora eu mãe das crianças, alunas da professora Josefina da escola de Espinho e teria feito o mesmo que fizeram as mães das alunas da professora Josefina (...)", diz a Fátima Rolo Duarte.