o senhor reis águas,
Comandante da Zona Marítima do Sul, também é um cloriforme fecal*.
* mas pode ler-se "califórnio".
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Comandante da Zona Marítima do Sul, também é um cloriforme fecal*.
* mas pode ler-se "califórnio".
Os países ocidentais deviam boicotar os jogos olímpicos chineses: ninguém poria lá os pés, altos dignitários, desportistas, jornalistas e público. Em bom rigor, nunca deveria ter sido atribuída à China a organização da coisa. Agora não se queixem da censura, toda a gente sabe que aquilo não é nem nunca foi um país democrático, do que é que estavam à espera?
Numa série norte-americana mui merdosa que dá neste momento na SIC Radical (e que eu devo ser a única pessoa a ver) traduziram fecal cloriforme por "califórnio fecal". A sério, juro. Califórnio fecal. Verdade se diga que aquilo é tudo tão mau que só se estraga uma casa. As minhas insónias têm um óbvio pendor masoquista.
* e o post também: "Cloriforme"?! Eu escrevi "Cloriforme"?! O facto de serem então quase quatro da manhã não desculpa o lapsus calami, mas é o que faz, ter o cérebro empapado em cansaço e ocupá-lo com porcarias (literalmente) a horas desconformes. "Coliforme", "co-li-for-me". Bem vistas as coisas e estragaram-se duas casas.
São muito simpáticos: no primeiro dia dizem "Hi!". Passados seis meses continuam a dizer "Hi!".
(Luna, no Horas Perdidas)
"Havana - The New Art of Making Ruins".
Um magnífico documentário, que passou na sexta à noite, na RTP 2. Não é preciso ter ido lá para perceber a beleza, triste e resignada, que se esconde na metáfora - mas ajuda.
perdi o amor a onze aéreos e comprei o livro do Gonçalo Amaral que vinha com o Correio da Manhã. Até agora, para além dos erros de português, como “saiem” (a Guerra & Paz não tem revisores?), nada de especial a assinalar, a não ser uma primeira impressão: é de lamentar que os moita flores desta vida não estejam já todos aposentados e a brincar aos presidentes de Câmara opinativos. É aterradora, a perspectiva desta gente inculta que faz pré-juízos sobre terceiros por pura embirração, poder de facto mandar alguma coisa e decidir o curso de investigações criminais - e, consequentemente, da vida desses mesmos terceiros. Dizem que a parte dos cães é gira, mas ainda não cheguei lá.
Consta que existe vida lá fora.
Num desfecho previsível, os seis casapianos que Paulo Pedroso (PP) processou, foram absolvidos dos crimes de falso testemunho e denúncia caluniosa, por não se ter provado que estavam a mentir. Acontece com frequência que, quando pessoas inocentes são falsamente acusadas, estas não aceitam as desistências de queixa por parte de quem as acusou: indignadas, preferem que o processo siga para julgamento por forma a limparem definitivamente o seu nome. E só nesta condição investem eventualmente contra os queixosos, pois apenas a sua absolvição permitirá demonstrar que estes estavam a mentir. Ora, PP apresentou queixa contra quem o denunciou, mas optou por recorrer da acusação, tendo esta acabado num despacho de não pronúncia. Quis, portanto, ter sol na eira e chuva no nabal, o que como sabemos não é possível. Só com uma declaração inequívoca da sua inocência no processo casa pia, seria possível provar que os seus acusadores haviam mentido. Aos olhos do público, e ao escolher não ser julgado, PP não mais voltou a ser inocente e, ao não ter sido possível demonstrar que os casapianos estivessem a mentir, é legítimo concluir-se que é bem provável que estivessem a dizer a verdade. Se PP for de facto culpado, esta foi uma boa estratégia: mais vale uma dúvida eterna do que a certeza de uma condenação; mas, se nada tiver feito e for inocente, é má, porque não lhe permite recuperar a credibilidade perdida, antes pelo contrário. Ainda por cima, parece que se prepara para repetir o erro, pois pretende requerer a abertura da instrução (e dessa forma “recorrer” do arquivamento do MP) quanto aos falsos testemunhos e denúncia caluniosa e, quanto ao crime de difamação, deduzir acusação particular. Qualquer pessoa com uma formação jurídica mediana (ou até um leigo especialmente atento) sabe que PP não terá qualquer hipótese, pelas razões que referi. Este caso pode ser traduzido pela expressão popular (como li num comentário) “quanto mais fala mais se enterra”. É claro que é preciso não perder de vista que, para os advogados de defesa, o arrastar das reclamações, requerimentos, acusações e recursos, é sempre vantajoso e que, por vezes, os clientes não se apercebem da unilateralidade desta perspectiva. O que me parece é que, tão depressa ( e independentemente de juízos de culpabilidade ou inocência) PP não voltará a ser gente.
Basta um bocadinho de atenção a meia dúzia de telejornais para concluirmos que nas escolas de jornalismo portuguesas deve existir uma cadeira sobre “como dizer sempre mal certas palavras”. O primeiro módulo, de pendor mais matemático, será seguramente dedicado às palavras “númaro”, “treuze” e afins; o segundo, à palavra “ilcóptro” e respectivas variantes.