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aos produtos laxantes são um primor de subtileza e bom gosto.
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aos produtos laxantes são um primor de subtileza e bom gosto.
Afinal, confirma-se: o programa de humor Os Contemporâneos está de facto muito perto da indigência, mas na vertente confrangedora, em especial quando Bruno Nogueira desata a imitar, em desespero de causa, os modos e as vozes de Ricardo Araújo Pereira. Não vale a pena, sem os Gato, este país fica orfão de riso.
Fui toda entusiasmada, mas deparei com uma colagem sem nexo de algumas boas ideias - que se perdem numa voragem de sons e imagens -, várias falhas ao nível das narrativa e montagem, e a inverosimilhança total de algumas cenas. É um filme desnecessário, que nada acrescenta a uma trilogia da qual sou absolutamente fã e que revi inúmeras vezes. Fica-nos a sensação de muito dinheiro jogado fora. Harrison Ford e Karen Allen repetem os estereótipos do primeiro filme e não há nenhuma densidade dramática nas personagens, que parecem de banda desenhada- nem a tensão pai/filho é devidamente explorada, como acontece no terceiro filme -, e isto apesar do meu fraquinho adolescente por Shia LaBeouf, um miúdo bestialmente giro e talentoso que vai dar muito que falar. Cate Blanchett é perfeita, mas não salva a função. Nem os efeitos especiais, igualmente perfeitos, mas que se atropelam no ecrã sem o competente suporte místico/histórico/filosófico. Que é o mesmo que dizer: a história não tem piadinha nenhuma. Desta vez, Steven Spielberg não faz a magia.
Eu: Ai Diogo, cheiras tão mal, abre-me a tua janela por favor!
Ele: Estive a jogar futebol, mãe, estou todo suado, não tenho culpa…
Eu: Eu sei que não tens culpa, mas olha que é difícil de aguentar…
Ele: Ah mãe, eu gosto: É cheiro a HOMEM!
A coisa não me interessa sobremaneira, dado que nunca votei PSD. O que não quer dizer que não pudesse vir a votar, uma vez que o governo de Sócrates me tem vindo a, de forma muito concreta, lixar a vida. A questão, no entanto, não se coloca, uma vez que o PSD está muito longe ainda de se tornar uma alternativa credível de governo. Ao contrário dos optimistas, que vislumbram a esperança após um debatezeco de meia hora em que todos estavam ensaiados e as questões foram debatidas superficialmente, não vejo futuro sério para o partido com qualquer um destes candidatos. Passos Coelho é um miúdo, Ferreira Leite, uma tecnicista empedernida suavizada pelo colorido da maquilhagem, Patinha Antão, alguém com nítida dificuldade em transmitir as ideias, e Santana Lopes… bem, Santana Lopes é Santana Lopes, o inenarrável… Ele sabe que o povo (neste caso, a amostra de povo que são as bases) é estúpido e tem memória curta. O que, aliado às suas demagogia simplória e infinita capacidade de resistência, o torna perigoso. Muito perigoso. Que o seja para o PSD, tal como disse, é-me razoavelmente indiferente; que o seja para o país, já é outra conversa. O que me obriga a, contrariada, seguir estas directas com alguma atenção. Medo.