é que reservo-me o acesso ao blogue para coisas giras, para pensamentos no mínimo originais e no máximo brilhantes; para discorrências, generalizações apressadas, lapsos de pena, preferências e raivinhas de estimação. E para uma ou outra brusquidão, vá. Coisas frívolas. E nunca para dizer, por exemplo, daquela tristeza fininha que hoje me invadiu a manhã.
Acabei agora mesmo de ouvir a um ministro de Sócrates, a propósito de uma exposição de biscuits e memorabilia do nosso Nobel, a seguinte frase: "Como costuma dizer Saramago, a minha pátria é a língua portuguesa". Portanto. Saramago. Como. Costuma. Dizer. Saramago.
Um breve relance por uma agitada sessão da assembleia regional madeirense, aparentemente composta por um bando de gente aleivosa e mal-formada que, entre outras coisas, chama cobarde ao Presidente da República, sem qualquer consideração pela dignidade do espaço e do cargo, é o suficiente para concluir que o alucinado Jardim não só teve razão naquilo que lhes chamou como até foi meiguinho.