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Lost and Found: Dogs, Cats, and Everyday Heroes at a Country Animal Shelter, Elizabeth Hess, Hartcourt Brace & Company.
E pronto. Fazendo jus à fama deste blogue, a corrente morre aqui que isto hoje já não dá mais.
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Lost and Found: Dogs, Cats, and Everyday Heroes at a Country Animal Shelter, Elizabeth Hess, Hartcourt Brace & Company.
E pronto. Fazendo jus à fama deste blogue, a corrente morre aqui que isto hoje já não dá mais.
Lost and Found: Dogs, Cats, and Everyday Heroes at a Country Animal Shelter, Elizabeth Hess, Hartcourt Brace & Company.
E pronto. Fazendo jus à fama deste blogue, a corrente morre aqui que isto hoje já não dá mais.
Speak low
When you speak love
Our summer day
Withers away
Too soon, too soon
Speak low
When you speak love
Our moment is swift
Like ships adrift,
Were swept apart
Too soon
Speak low
Darling speak low
Love is a spark
Lost in the dark
Too soon, too soon
I feel
Wherever I go
That tomorrow is here
Tomorrow is near
And always too soon
Time is so old
And love's so brief
Love is pure gold
And time a thief.
We're late,
Darling we're late
The curtain descends,
Everything ends
Too soon, too soon
I wait,
Darling I wait
When you speak low to me,
Speak love to me and soon.
Ogden Nash - Kurt Weill
Speak low
When you speak love
Our summer day
Withers away
Too soon, too soon
Speak low
When you speak love
Our moment is swift
Like ships adrift,
Were swept apart
Too soon
Speak low
Darling speak low
Love is a spark
Lost in the dark
Too soon, too soon
I feel
Wherever I go
That tomorrow is here
Tomorrow is near
And always too soon
Time is so old
And love's so brief
Love is pure gold
And time a thief.
We're late,
Darling we're late
The curtain descends,
Everything ends
Too soon, too soon
I wait,
Darling I wait
When you speak low to me,
Speak love to me and soon.
Ogden Nash - Kurt Weill
Gostava de ser como as outras mães. Invejo-as. Àquelas cujos filhos são um projecto de vida, que cumprem com rigor profissional. Que nunca falham a natação das meninas, com as suas toucas rosa e os chinelinhos a condizer, nem o judo dos meninos, com os seus quimonos imaculados e os cinturões na cor certa; que perdem com gosto fins-de-semana de passeio para torneios, exibições e concertos (mais os respectivos ensaios gerais); que sabem de cor o nome das vacinas contra a gripe e contra a meningite; que cumprem escrupulosamente o calendário de vacinação e não recebem em casa avisos do posto de saúde da área de residência; que contam os dias para a reunião na escola, assentam as dúvidas que vão colocar à professora num moleskine com florzinhas e são as primeiras a sentarem-se na cadeirinha da frente e a assinarem a folha de presenças; que não recebem olhares complacentes no recreio, enquanto lhes dizem, não se esqueceu de que hoje é a reunião de pais, pois não?; que não mentem descaradamente e não dizem, claro que não!, onde é que é mesmo a sala de aula?; que não se enganam sistematicamente na sala, indo parar à professora do lado. Gostava de ser como as outras mães, que não têm justificar na caderneta dos filhos os atrasos da manhã e que não acordam mal-dispostas. Gostava que eles tivessem o pequeno-almoço a fumegar mal entrassem na cozinha e eu, a recebê-los, sorridente, e não esta amostra de ser humano que sou quando me levanto, a queimar as torradas e a entornar o leite que despacho no micro-ondas. Gostava de gostar dos aniversários dos coleguinhas e de ter paciência para conversas típicas de mães, sobre percentis, ateéles, números de calças e bronquiolites, enquanto eles jogam à bola, apagam velinhas e comem gomas; de os deitar todos os dias a horas certas, aconchegando-os com uma história, um beijo e uma suave luz de presença, e não de ficarmos a dançar até às tantas em cima da cama ou a vermos filmes que nem lhes são adequados à idade, quando no dia seguinte é as sete e estamos todos a pé, cansados, moribundos. Como as outras mães, sim, que não chegam sempre atrasadas e esbaforidas, a ensaiarem desculpas e justificações; que os ajudam nos trabalhos de casa e lhes explicam aljubarrota, fracções e verbos compostos sem se exasperarem e lhes virarem as costas, derrotadas, à segunda tentativa; que nunca dizem “merda” à frente deles e se referem ao marido como “o pai do x ou da y” , numa alegre dissolução identitária. Que não os deixam usar a mesma roupa duas vezes, lhes dão banho todos os dias e não se esquecem de esfregar atrás das orelhas; que não os deixam comer pringles antes do jantar nem trocar a sopa por três danoninhos. Gostava de que me apetecesse estar com os meus filhos a todas as horas do dia e de que eles nunca se apercebessem do contrário; de não falhar a manicure nem o cabeleireiro e de estar sempre impecável, de lhes dar o exemplo; e de marcar amiúde reuniões com a directora, para discutir ligeiras quebras de rendimento e a qualidade da comida do refeitório; de não falhar o antibiótico; de levar a sério o que diz a psicóloga, de seguir à risca as indicações do pediatra e de ter guardado todos os dentes de leite (e não de me ter desfeito deles, enjoada porque me lembravam relíquias de santos mortos). De trazer sempre bolachinhas na mala, dodots no carro, mantinhas no porta-bagagens e de os sentar apenas em cadeirinhas devidamente homologadas; de nunca lhes trocar os nomes; de ter as fotografias ordenadas por idade, por festividade e por filho, e não aos molhos dentro de sacos de plástico; de saber de cor os furos que têm nos horários, os dias dos testes e os inícios e fins das férias. Gostava que eles, por vezes, não tivessem de lutar tanto para se manterem à tona deste caos de mãe que sou eu.
Gostava de ser como as outras mães. Invejo-as. Àquelas cujos filhos são um projecto de vida, que cumprem com rigor profissional. Que nunca falham a natação das meninas, com as suas toucas rosa e os chinelinhos a condizer, nem o judo dos meninos, com os seus quimonos imaculados e os cinturões na cor certa; que perdem com gosto fins-de-semana de passeio para torneios, exibições e concertos (mais os respectivos ensaios gerais); que sabem de cor o nome das vacinas contra a gripe e contra a meningite; que cumprem escrupulosamente o calendário de vacinação e não recebem em casa avisos do posto de saúde da área de residência; que contam os dias para a reunião na escola, assentam as dúvidas que vão colocar à professora num moleskine com florzinhas e são as primeiras a sentarem-se na cadeirinha da frente e a assinarem a folha de presenças; que não recebem olhares complacentes no recreio, enquanto lhes dizem, não se esqueceu de que hoje é a reunião de pais, pois não?; que não mentem descaradamente e não dizem, claro que não!, onde é que é mesmo a sala de aula?; que não se enganam sistematicamente na sala, indo parar à professora do lado. Gostava de ser como as outras mães, que não têm justificar na caderneta dos filhos os atrasos da manhã e que não acordam mal-dispostas. Gostava que eles tivessem o pequeno-almoço a fumegar mal entrassem na cozinha e eu, a recebê-los, sorridente, e não esta amostra de ser humano que sou quando me levanto, a queimar as torradas e a entornar o leite que despacho no micro-ondas. Gostava de gostar dos aniversários dos coleguinhas e de ter paciência para conversas típicas de mães, sobre percentis, ateéles, números de calças e bronquiolites, enquanto eles jogam à bola, apagam velinhas e comem gomas; de os deitar todos os dias a horas certas, aconchegando-os com uma história, um beijo e uma suave luz de presença, e não de ficarmos a dançar até às tantas em cima da cama ou a vermos filmes que nem lhes são adequados à idade, quando no dia seguinte é as sete e estamos todos a pé, cansados, moribundos. Como as outras mães, sim, que não chegam sempre atrasadas e esbaforidas, a ensaiarem desculpas e justificações; que os ajudam nos trabalhos de casa e lhes explicam aljubarrota, fracções e verbos compostos sem se exasperarem e lhes virarem as costas, derrotadas, à segunda tentativa; que nunca dizem “merda” à frente deles e se referem ao marido como “o pai do x ou da y” , numa alegre dissolução identitária. Que não os deixam usar a mesma roupa duas vezes, lhes dão banho todos os dias e não se esquecem de esfregar atrás das orelhas; que não os deixam comer pringles antes do jantar nem trocar a sopa por três danoninhos. Gostava de que me apetecesse estar com os meus filhos a todas as horas do dia e de que eles nunca se apercebessem do contrário; de não falhar a manicure nem o cabeleireiro e de estar sempre impecável, de lhes dar o exemplo; e de marcar amiúde reuniões com a directora, para discutir ligeiras quebras de rendimento e a qualidade da comida do refeitório; de não falhar o antibiótico; de levar a sério o que diz a psicóloga, de seguir à risca as indicações do pediatra e de ter guardado todos os dentes de leite (e não de me ter desfeito deles, enjoada porque me lembravam relíquias de santos mortos). De trazer sempre bolachinhas na mala, dodots no carro, mantinhas no porta-bagagens e de os sentar apenas em cadeirinhas devidamente homologadas; de nunca lhes trocar os nomes; de ter as fotografias ordenadas por idade, por festividade e por filho, e não aos molhos dentro de sacos de plástico; de saber de cor os furos que têm nos horários, os dias dos testes e os inícios e fins das férias. Gostava que eles, por vezes, não tivessem de lutar tanto para se manterem à tona deste caos de mãe que sou eu.
O "médico" do outdoor da Médis parece o João Pinto. De óculos. E com ar de quem vai começar a ler alguma coisa.
O "médico" do outdoor da Médis parece o João Pinto. De óculos. E com ar de quem vai começar a ler alguma coisa.
Te querer
Viver mais pra ser exato
Te seguir
E poder chegar
Onde tudo é só meu
Te encontrar
Dar a cara pro teu beijo
Correr atrás de ti
Feito cigano, cigano, cigano
Me jogar sem medir
Viajar
Entre pernas e delícias
Conhecer pra notícias dar
Devassar sua vida
Resistir
Ao que pode o pensamento
Saber chegar no seu melhor
Momento, momento, momento
Pra ficar e ficar.
(Djavan)
Te querer
Viver mais pra ser exato
Te seguir
E poder chegar
Onde tudo é só meu
Te encontrar
Dar a cara pro teu beijo
Correr atrás de ti
Feito cigano, cigano, cigano
Me jogar sem medir
Viajar
Entre pernas e delícias
Conhecer pra notícias dar
Devassar sua vida
Resistir
Ao que pode o pensamento
Saber chegar no seu melhor
Momento, momento, momento
Pra ficar e ficar.
(Djavan)