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Controversa Maresia

um blogue de Sofia Vieira

Controversa Maresia

um blogue de Sofia Vieira

...

por Vieira do Mar, em 06.07.07
Cada coisa que m´arranjas, Miúda! Soubera eu onde estive ontem, quanto mais o que comi nas minhas últimas cinco refeições... Bem, mas espremendo este pobre cérebro cansado (só por ti, só por ti), o que sai é isto, do almoço de hoje até… o jantar de anteontem, talvez?



- uma alheira com ovo, muito mal-amanhada, que ficou no prato (pois, pois, quem me mandou a mim; ainda por cima, com a do nosso Gil na pituitária, na papila gustativa... ele há coisas que não se esquece; só temos é que o convencer a acompanha-la com uns grelitos salteados, não achas?, que isto da batata frita, mesmo que caseira, não está com nada e alheira, alheira, que se preze, emparelha é com grelos, lá está);

- tomate com queijo fresco, regado a azeite e polvilhado a orégãos (também frescos), com uma pitadinha de sal e uma tosta de pão de forma integral, on the side. Ah!, gosto tanto de tomate no pão, eu;

- um bife à Trindade, na Trindade do Campo Pequeno (um espaço simpático, por acaso, e bem melhor que a Trindade original, a do Chiado);

- uma salada à grega, com queijo feta, do verdadeiro;

- arroz de lagosta (também, eram os meus anos, que queres?, não que faça disto um hábito, juro… com grande pena minha, embora; urge democratizar a lagosta: o melhor alimento do universo, na modesta opinião do meu paladar pequeno-burguês).


Como se vê, sou mulher de gostos simples e populares.



Agora, passo isto a quem? Obviamente, à Catarina (vá lá, querida, volta lá ao blogue só por um bocadinho, que esta corrente até é gira), à Ana (uma querida, que me premeia assídua e imerecidamente, e que nunca se esquece de quando faço anos), à Mónica (que não pense que se safa só por estar do outro lado do Atlântico), à Isabel (porque temos um chá das cinco em atraso que, assim, se relembra) e, last but not least, ao Tiago (porque sim, porque me apetece, porque gosto muito do blogue dele e aqui está uma boa oportunidade para lho dizer). E pronto, está feito, men.
Segunda, ligo-te de manhã.

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por Vieira do Mar, em 06.07.07
Cada coisa que m´arranjas, Miúda! Soubera eu onde estive ontem, quanto mais o que comi nas minhas últimas cinco refeições... Bem, mas espremendo este pobre cérebro cansado (só por ti, só por ti), o que sai é isto, do almoço de hoje até… o jantar de anteontem, talvez?



- uma alheira com ovo, muito mal-amanhada, que ficou no prato (pois, pois, quem me mandou a mim; ainda por cima, com a do nosso Gil na pituitária, na papila gustativa... ele há coisas que não se esquece; só temos é que o convencer a acompanha-la com uns grelitos salteados, não achas?, que isto da batata frita, mesmo que caseira, não está com nada e alheira, alheira, que se preze, emparelha é com grelos, lá está);

- tomate com queijo fresco, regado a azeite e polvilhado a orégãos (também frescos), com uma pitadinha de sal e uma tosta de pão de forma integral, on the side. Ah!, gosto tanto de tomate no pão, eu;

- um bife à Trindade, na Trindade do Campo Pequeno (um espaço simpático, por acaso, e bem melhor que a Trindade original, a do Chiado);

- uma salada à grega, com queijo feta, do verdadeiro;

- arroz de lagosta (também, eram os meus anos, que queres?, não que faça disto um hábito, juro… com grande pena minha, embora; urge democratizar a lagosta: o melhor alimento do universo, na modesta opinião do meu paladar pequeno-burguês).


Como se vê, sou mulher de gostos simples e populares.



Agora, passo isto a quem? Obviamente, à Catarina (vá lá, querida, volta lá ao blogue só por um bocadinho, que esta corrente até é gira), à Ana (uma querida, que me premeia assídua e imerecidamente, e que nunca se esquece de quando faço anos), à Mónica (que não pense que se safa só por estar do outro lado do Atlântico), à Isabel (porque temos um chá das cinco em atraso que, assim, se relembra) e, last but not least, ao Tiago (porque sim, porque me apetece, porque gosto muito do blogue dele e aqui está uma boa oportunidade para lho dizer). E pronto, está feito, men.
Segunda, ligo-te de manhã.

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por Vieira do Mar, em 05.07.07
Ontem (ou terá sido anteontem?), assisti a um dos momentos mais baixos da política portuguesa dos últimos anos. De visita a uma Docapesca algures, o Ministro da Agricultura e Pescas mais o Comissário europeu respectivo (acho), ladeados pelo habitual obsequioso séquito de inúteis, foi abordado por um pescador que se queixava do tratamento dado à questão pela União Europeia. Resposta do ministro, em modo escarninho, frente a dezenas de câmaras e microfones: “Olhe, se não gosta, peça para Portugal sair da União Europeia. Peça, peça!”. Tal como o pescador, que não respondeu, fiquei estupefacta. Nunca jamais vi tamanho desrespeito por parte de um político contra um representante do “povo” que, supostamente , representa, e que o elegeu. Foi o equivalente a um alto e sonoro “Vai à merda”, “Estou-me a cagar para ti, insecto miserável, não és digno de me dirigires a palavra”. Pior, porque com um insulto directo saberia lidar o pescador, que teria enfiado, seguramente, um pêro entre os olhos do ministro. Assim, limitou-se a ficar momentaneamente confuso e, depois de digerir a escarreta ministerial, a insurgir-se perante as câmaras: se aquilo era coisa para um ministro dizer, francamente. Já este, seguiu sorridente, mantendo a pose inchada de palhacinho rico. Foi de tal modo vergonhoso, que o próprio Comissário se sentiu - depois de lhe ter sido explicada a situação, presumo – na obrigação de dizer que compreendia o pescador, que a redução de quotas era para o bem deste porque, se não reduzissem as quotas hoje, não haveria nada para pescar amanhã… Embora, é claro que todos (a começar pelo ministro) saibamos que não é assim, que as nossas quotas diminuem, mas as dos espanhóis, para pescarem na nossa costa, aumentam, etc., etc., mas, pronto, sempre repôs um bocadinho a dignidade da coisa pública. No fundo, o que aquele fez foi dizer ao pescador “Eh pá, desculpa lá o teu ministro, que é um energúmeno; fica sabendo que nós, lá na Europa, não somos assim nem dizemos coisas daquelas às pessoas, ouviste? Deixa, que vamos tratar de ti”. Ao menos, uma aparência de cuidado, de defesa dos interesses das pessoas, de decência governativa, de pudor. Sim, um pingo de decência, já é só o que se pede. Porque não se aguenta, tanta perna aberta, tanta ordinarice, rasquice, lambuzice, venalidade e falta de respeito por quem os ouve. Já não há pachorra para as gafes nem para os erros de casting nem, muito menos, para uma encenação tão pobre e diálogos tão maus. Este é, sem dúvida, o governo mais pornográfico que Portugal já conheceu.

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por Vieira do Mar, em 05.07.07
Ontem (ou terá sido anteontem?), assisti a um dos momentos mais baixos da política portuguesa dos últimos anos. De visita a uma Docapesca algures, o Ministro da Agricultura e Pescas mais o Comissário europeu respectivo (acho), ladeados pelo habitual obsequioso séquito de inúteis, foi abordado por um pescador que se queixava do tratamento dado à questão pela União Europeia. Resposta do ministro, em modo escarninho, frente a dezenas de câmaras e microfones: “Olhe, se não gosta, peça para Portugal sair da União Europeia. Peça, peça!”. Tal como o pescador, que não respondeu, fiquei estupefacta. Nunca jamais vi tamanho desrespeito por parte de um político contra um representante do “povo” que, supostamente , representa, e que o elegeu. Foi o equivalente a um alto e sonoro “Vai à merda”, “Estou-me a cagar para ti, insecto miserável, não és digno de me dirigires a palavra”. Pior, porque com um insulto directo saberia lidar o pescador, que teria enfiado, seguramente, um pêro entre os olhos do ministro. Assim, limitou-se a ficar momentaneamente confuso e, depois de digerir a escarreta ministerial, a insurgir-se perante as câmaras: se aquilo era coisa para um ministro dizer, francamente. Já este, seguiu sorridente, mantendo a pose inchada de palhacinho rico. Foi de tal modo vergonhoso, que o próprio Comissário se sentiu - depois de lhe ter sido explicada a situação, presumo – na obrigação de dizer que compreendia o pescador, que a redução de quotas era para o bem deste porque, se não reduzissem as quotas hoje, não haveria nada para pescar amanhã… Embora, é claro que todos (a começar pelo ministro) saibamos que não é assim, que as nossas quotas diminuem, mas as dos espanhóis, para pescarem na nossa costa, aumentam, etc., etc., mas, pronto, sempre repôs um bocadinho a dignidade da coisa pública. No fundo, o que aquele fez foi dizer ao pescador “Eh pá, desculpa lá o teu ministro, que é um energúmeno; fica sabendo que nós, lá na Europa, não somos assim nem dizemos coisas daquelas às pessoas, ouviste? Deixa, que vamos tratar de ti”. Ao menos, uma aparência de cuidado, de defesa dos interesses das pessoas, de decência governativa, de pudor. Sim, um pingo de decência, já é só o que se pede. Porque não se aguenta, tanta perna aberta, tanta ordinarice, rasquice, lambuzice, venalidade e falta de respeito por quem os ouve. Já não há pachorra para as gafes nem para os erros de casting nem, muito menos, para uma encenação tão pobre e diálogos tão maus. Este é, sem dúvida, o governo mais pornográfico que Portugal já conheceu.

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