A Ana, a Tati,a JP e a Tuxa (umas queridas), nomearam este humilde blogue (pronto, pronto: não é exactamente humilde...) para os Thinking Blogger Awards, obrigada! Parece que me cabe, agora, nomear outros cinco. Não tenho jeito nenhum para isto, praticamente só leio os blogues da minha lista e, mesmo em relação a esses, sou relapsa e infiel. Ainda por cima, pensar é uma tarefa que, ultimamente, me custa um bocadinho, mas isto foi da pancada na cabeça, como sabem. Além disso, está muito calor. De qualquer modo, mais uma vez, obrigada!
A Ana, a Tati,a JP e a Tuxa (umas queridas), nomearam este humilde blogue (pronto, pronto: não é exactamente humilde...) para os Thinking Blogger Awards, obrigada! Parece que me cabe, agora, nomear outros cinco. Não tenho jeito nenhum para isto, praticamente só leio os blogues da minha lista e, mesmo em relação a esses, sou relapsa e infiel. Ainda por cima, pensar é uma tarefa que, ultimamente, me custa um bocadinho, mas isto foi da pancada na cabeça, como sabem. Além disso, está muito calor. De qualquer modo, mais uma vez, obrigada!
No outro dia vi, por acaso, o primeiro episódio de "Rome", da fecunda HBO, no segundo canal. Movida pelo entusiasmo de uma grande amiga, já tinha comprado na Fnac a primeira série, que guardava ali na prateleira, à espera de contágio. No dia seguinte, vi o episódio dois. Nessa noite, fui buscar os outros episódios, já empoeirados, à prateleira, e papei-os quase todos, até de manhã. Acabei na madrugada seguinte. A série é absolutamente espantosa. Trata de uma forma refinadamente fantasiosa, um dos momentos mais fascinantes da nossa história: o fim da Républica romana. Os personagens principais são irresistivelmente empáticos, a começar pelos tiranos e pelas cabras calculistas. Muito, muito bom. Portanto, e como diria o Manelinho, naquela magnífica anedota popular, minha querida, "Se há melancia, também quero uma talhadinha...".
No outro dia vi, por acaso, o primeiro episódio de "Rome", da fecunda HBO, no segundo canal. Movida pelo entusiasmo de uma grande amiga, já tinha comprado na Fnac a primeira série, que guardava ali na prateleira, à espera de contágio. No dia seguinte, vi o episódio dois. Nessa noite, fui buscar os outros episódios, já empoeirados, à prateleira, e papei-os quase todos, até de manhã. Acabei na madrugada seguinte. A série é absolutamente espantosa. Trata de uma forma refinadamente fantasiosa, um dos momentos mais fascinantes da nossa história: o fim da Républica romana. Os personagens principais são irresistivelmente empáticos, a começar pelos tiranos e pelas cabras calculistas. Muito, muito bom. Portanto, e como diria o Manelinho, naquela magnífica anedota popular, minha querida, "Se há melancia, também quero uma talhadinha...".
E agora, um pormenor íntimo: farto-me facilmente. Um dos mais eficazes aceleradores de tédio, para mim, é a espera. Detesto esperar, aguardar que as coisas aconteçam, que venham ter comigo. Acho absurdo, por exemplo, passar mais do que dez minutos numa fila de um restaurante. Vou imediatamente a outro, mesmo que pior e com menos ou nenhuma vista. Aceito mesas que mais ninguém quer, só para não ter de esperar. Isto aplica-se nos amores, nas amizades. Sou péssima em manter, em cultivar, alimentar, relações à distância. O tempo vai passando e eu distraio-me, perco a paciência, deixo de gostar, viro as costas. Porque acho que, quem gosta, procura. Eu, dentro dos limites da dignidade e do bom-senso, procuro.É assim. Não consigo gostar de, nem interessar-me por, quem nunca vejo (excepto família íntima ou amizades de infância e de juventude: laços por vezes indestrutíveis). Para gostar, tem de haver um mínimo de contacto; quanto mais vejo, mais toco, mais cheiro e mais gosto. O inverso é igualmente verdadeiro. Facilmente as pessoas de quem um dia gostei se tornam estranhas para mim. E, quando isso acontece, é favor saírem de cena, não me maçarem mais. Porque só gosto de perder tempo, ou de o matar, ou seja lá o que for, com pessoas que me dão as abébias no tempo certo, que não se cortam sistematicamente, que não estão sempre fora de cena a manter forçadamente o espaço contentor, um determinado status quo. Por exemplo, se uma pessoa supostamente amiga mora ao meu lado e, durante meses a fio, nada faz para me rever, que sentido tem, encontrarmo-nos um dia para pormos a conversa em dia? Mas qual conversa? Nada tenho para lhe dizer, a essa pessoa. Aliás, quem é, essa pessoa? Como se chama? Nada nos une, nada que importe, tempo perdido, conversa de chacha. Não tenho paciência. Desamo num instantinho, é o que é (bom, não desamo assim tão depressa como parece, mas, digamos que desamo de vez). Azarinho.
E agora, um pormenor íntimo: farto-me facilmente. Um dos mais eficazes aceleradores de tédio, para mim, é a espera. Detesto esperar, aguardar que as coisas aconteçam, que venham ter comigo. Acho absurdo, por exemplo, passar mais do que dez minutos numa fila de um restaurante. Vou imediatamente a outro, mesmo que pior e com menos ou nenhuma vista. Aceito mesas que mais ninguém quer, só para não ter de esperar. Isto aplica-se nos amores, nas amizades. Sou péssima em manter, em cultivar, alimentar, relações à distância. O tempo vai passando e eu distraio-me, perco a paciência, deixo de gostar, viro as costas. Porque acho que, quem gosta, procura. Eu, dentro dos limites da dignidade e do bom-senso, procuro.É assim. Não consigo gostar de, nem interessar-me por, quem nunca vejo (excepto família íntima ou amizades de infância e de juventude: laços por vezes indestrutíveis). Para gostar, tem de haver um mínimo de contacto; quanto mais vejo, mais toco, mais cheiro e mais gosto. O inverso é igualmente verdadeiro. Facilmente as pessoas de quem um dia gostei se tornam estranhas para mim. E, quando isso acontece, é favor saírem de cena, não me maçarem mais. Porque só gosto de perder tempo, ou de o matar, ou seja lá o que for, com pessoas que me dão as abébias no tempo certo, que não se cortam sistematicamente, que não estão sempre fora de cena a manter forçadamente o espaço contentor, um determinado status quo. Por exemplo, se uma pessoa supostamente amiga mora ao meu lado e, durante meses a fio, nada faz para me rever, que sentido tem, encontrarmo-nos um dia para pormos a conversa em dia? Mas qual conversa? Nada tenho para lhe dizer, a essa pessoa. Aliás, quem é, essa pessoa? Como se chama? Nada nos une, nada que importe, tempo perdido, conversa de chacha. Não tenho paciência. Desamo num instantinho, é o que é (bom, não desamo assim tão depressa como parece, mas, digamos que desamo de vez). Azarinho.