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por Vieira do Mar, em 28.09.06
Estou viciada n´A Letra “L”. Como diria o poeta sobre a Coca-Cola, aquilo, primeiro, estranha-se; depois, entranha-se. Estão a ver aquela ideia quase romântica dos filmes pornográficos, em que as mulheres se acariciam suavemente e trocam cunnilingus esforçados através dos fios dentais de renda, no intervalo zen das investidas dos camionistas? Esqueçam. Estão a ver aquele balé pseudo-lésbico muito chaaaato que serve para satisfazer as fantasias masculinas de múltiplos orifícios em movimento e em simultâneo? Esqueçam, outra vez. Na série, este preconceito quase infantil e simplório que nos leva a achar que o sexo entre mulheres é obrigatoriamente suave e delicado, cai completamente por terra. Afinal, a promiscuidade sexual e afectiva entre mulheres pode ser tão poderosa e violenta como a que (supostamente) existe na homossexualidade masculina. E depois, elas são todas tão boas - como mulheres e como actrizes -, tão intensas, que só podemos presumir que aquilo seja mesmo assim na vida real (sendo que não interessa se, de facto, é ou não). A minha favorita, são duas: a miúda cabeleireira (a falsa tímida, giríssima) e a escritora bissexual (não via uma personagem tão cabra e egocêntrica numa série televisiva desde que a Joan Collins se reformou).
A propósito, minha querida, tu reparaste-me que o Ivan, o restaurador, é na verdade uma loura lindíssima e escultural que andava a colar a relação com a irmã da outra e os pêlos da barba com cuspo?! Céus, que momento penoso aquele. Excelente!
A propósito, minha querida, tu reparaste-me que o Ivan, o restaurador, é na verdade uma loura lindíssima e escultural que andava a colar a relação com a irmã da outra e os pêlos da barba com cuspo?! Céus, que momento penoso aquele. Excelente!