E pronto, lá voltam os caçadores (cansaço...). Agora foi a vez das rolas, coitadas, que andavam tão contentes na sua vidinha de rola, ora debica a minhoca aqui, ora poisa na seara acolá. Ontem e hoje, foi um ver se te avias de abrigos improvisados pelos campos fora, a esconderem matulões camuflados, como se estivessem na guerra do Golfo à coca de obuzes. Não sei se apanharam rolas ou não, mas, cerca de vinte e quatro horas depois, continuavam praticamente na mesma posição (juro!), a perscrutar os céus de caçadeira em riste e aparentando a actividade cerebral que habitualmente devem ter, ou seja, à beira da
flatline. No entanto, algures durante a vigília, eles ter-se-ão mexido, pois os terrenos acabaram pejados de latas de cerveja e cartuchos vazios, tal qual se vê na imagem. Como (quase) sempre, a verdade veio da boca das crianças - que comentaram, à triste visão de um deles acocorado entre o caniçal:
Criança n.º 1 (à ida):
ca ganda cromo.
Criança n.º 2 (à vinda):
ca ganda otário.
Criança n.º 3 (no dia seguinte, novamente à ida):
ca ganda pacóvio.*

* Querido G., é claro que nada disto se te aplica: aposto que dispensarias o camuflado e preferirias uma bela camisa quadriculada de griffe (puro algodão), umas calças de ganga surradas e umas botas caneleiras bem ensebadas, e que pedirias educadamente às rolas que morressem por ti (o que elas, ao te verem assim de giro e de louro, certamente fariam de bom grado). ;)