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por Vieira do Mar, em 09.05.05
mãe e pai à noite,
depois de mais uma festa de aniversário (neste caso, a do filho do meio) na qual pontificaram (como agora soe dizer-se) rapazes vários, rapazes muitos!, com idades compreendidas entre os cinco e os doze anos, de espírito destrutivo q.b., caneladas demolidoras, ténis mal-cheirosos, alguma tendência para pontapés certeiros em bens materiais valiosos e insubstituíveis, bem como para resvalos junto a esquinas de mesas, o atafulho descarado de grosas de rissóis nos bolsos dos calções e para o entornanço de coca-colas e fantas no perímetro situado entre o sofá e a televisão (inclusive); rapazes, esses, dotados de um registo sonoro semelhante ao dos gemidos de um alce no cio, largados à solta num espaço vedado e ao ar livre, por cerca de sete longas sete infindáveis horas:
- Correu tudo bem, não achas?
- Sim. Ninguém se aleijou.
depois de mais uma festa de aniversário (neste caso, a do filho do meio) na qual pontificaram (como agora soe dizer-se) rapazes vários, rapazes muitos!, com idades compreendidas entre os cinco e os doze anos, de espírito destrutivo q.b., caneladas demolidoras, ténis mal-cheirosos, alguma tendência para pontapés certeiros em bens materiais valiosos e insubstituíveis, bem como para resvalos junto a esquinas de mesas, o atafulho descarado de grosas de rissóis nos bolsos dos calções e para o entornanço de coca-colas e fantas no perímetro situado entre o sofá e a televisão (inclusive); rapazes, esses, dotados de um registo sonoro semelhante ao dos gemidos de um alce no cio, largados à solta num espaço vedado e ao ar livre, por cerca de sete longas sete infindáveis horas:
- Correu tudo bem, não achas?
- Sim. Ninguém se aleijou.