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por Vieira do Mar, em 05.02.05
parental (des) control
1. A Catarina, 9 anos, em frente ao PC, procura o site brasileiro da Turma da Mônica (aquela do Cebolinha e do Cascão). Ó mããããã-iiii, como é que vou lá-ááá?
(mãe na cozinha, às voltas com a panela da sopa)
Então, filha, o site deve ser importante porque os desenhos são conhecidos em todo o mundo, por isso experimenta m-ó-n-i-c-a-ponto-cê-ó-éme.
Por acaso, a mãe (desperto o instinto face ao silêncio súbito), larga a panela, vem espreitar à sala e o que vê? A inocência da filha especada em frente à página inicial de uma outra Monica, esta, uma genuína porn star americana que, nua e de perna aberta, exibe de frente e em todo o esplendor, dois grandes atributos siliconados e vários piercings nos lábios (sendo que não me refiro aos da boca). Animada pelo Flash, a nossa Monica interactiva geme em movimentos pendulares.
Nunca, até esse dia, a mãe havia mergulhado em voo picado para uma ficha eléctrica nem, muito menos, havia conseguido desligá-la em 0,0001 segundos. Mas foi o que fez (embora esfolasse o cotovelo na aterragem).
2. O Bernardo e um amigo, ambos com 10 anos, jogam Harry Potter no PC. Incentivados pela crescente desatenção parental, minimizam o jogo, entram no ambiente de trabalho, clicam furtivamente no internet explorer e aterram no google. Intrigados com os mistérios da sua própria anatomia em transformação, decidem ampliar conhecimentos e escrever na janelinha de busca a palavra pilas. Surge-lhes como resultado da busca, 100.987 páginas, sendo as 100 primeiras os sites espanhóis da Duracell, da Bosch, da Energizer, da Sony e por aí fora.
Chateados, ficam-se pela página 22, a curiosidade insatisfeita e já morta de tédio (embora, em contrapartida, tenham ficado a saber muito sobre pilhas e a duração das respectivas cargas).
1. A Catarina, 9 anos, em frente ao PC, procura o site brasileiro da Turma da Mônica (aquela do Cebolinha e do Cascão). Ó mããããã-iiii, como é que vou lá-ááá?
(mãe na cozinha, às voltas com a panela da sopa)
Então, filha, o site deve ser importante porque os desenhos são conhecidos em todo o mundo, por isso experimenta m-ó-n-i-c-a-ponto-cê-ó-éme.
Por acaso, a mãe (desperto o instinto face ao silêncio súbito), larga a panela, vem espreitar à sala e o que vê? A inocência da filha especada em frente à página inicial de uma outra Monica, esta, uma genuína porn star americana que, nua e de perna aberta, exibe de frente e em todo o esplendor, dois grandes atributos siliconados e vários piercings nos lábios (sendo que não me refiro aos da boca). Animada pelo Flash, a nossa Monica interactiva geme em movimentos pendulares.
Nunca, até esse dia, a mãe havia mergulhado em voo picado para uma ficha eléctrica nem, muito menos, havia conseguido desligá-la em 0,0001 segundos. Mas foi o que fez (embora esfolasse o cotovelo na aterragem).
2. O Bernardo e um amigo, ambos com 10 anos, jogam Harry Potter no PC. Incentivados pela crescente desatenção parental, minimizam o jogo, entram no ambiente de trabalho, clicam furtivamente no internet explorer e aterram no google. Intrigados com os mistérios da sua própria anatomia em transformação, decidem ampliar conhecimentos e escrever na janelinha de busca a palavra pilas. Surge-lhes como resultado da busca, 100.987 páginas, sendo as 100 primeiras os sites espanhóis da Duracell, da Bosch, da Energizer, da Sony e por aí fora.
Chateados, ficam-se pela página 22, a curiosidade insatisfeita e já morta de tédio (embora, em contrapartida, tenham ficado a saber muito sobre pilhas e a duração das respectivas cargas).