Portugal para totós por Vieira do Mar, em 24.04.08 Das alterações que o governo pretende introduzir ao Código do Trabalho sobressaem duas: o alargamento para um ano da licença de maternidade, com a possibilidade de ser gozada por ambos os progenitores, e a penalização das contratações a termo e a recibos verdes. O objectivo será, no primeiro caso, fomentar a natalidade e, no segundo, combater o trabalho precário. Tudo muito bem, isto se vivêssemos num país económica e socialmente fixe. Mas, em sendo Portugal um país cromo e atrasado, o resultado destas medidas poderá ser o oposto do pretendido ou seja, ainda menos filhos e emprego mais periclitante. Porquê? Fácil. Basta sairmos do lugar do empregado-explorado em que habitualmente nos posicionamos e colocarmo-nos no lugar do bicho-papão, ou seja, do patrão (...).