o prusidente da junta
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Este ano a popota está melhor que a leopoldina.
Agora isto (eu não digo?). Além de suicida para o PSD, está a tornar-se confrangedor e penoso de assistir. E depois, não sei - não sei se é por já ser uma pessoa de idade, e de passado respeitável ainda por cima, mas não dá vontade de rir. Se fosse, sei lá, o Santana Lopes ou o Patinha Antão, ainda dava para fazer umas piadas, mas sendo esta senhora, francamente, só me apetece pedir que alguém a tire do palco por favor.
Seguindo um linque numa caixa de comentários de alguém que me referiu num post, cheguei a um blogue que já nem me lembrava que existia. É um blogue triste, de um velho triste (e que é triste não porque seja velho mas porque quer muito ser novo) que escreve poemas maus e os ilustra com fotos eróticas de mulheres nuas com maminhas e rabos avantajados. Os comentários, igualmente deprimentes, num estilo entre o elogioso e o galhofeiro, imagino-os deixados por outros idosos e idosas, como os parceiros de bisca, ou donas-de-casa e professoras reformadas que usam nomes como Barbie123 , Miss Pink ou Lady Godiva. Às vezes, acho a blogoesfera desconcertantemente patética. Tenho que ter cuidado.
a achar que Manuela Ferreira Leite diz asneira atrás de asneira e parece uma avozinha com ameaços de confusão mental? É que, sinceramente, a senhora é cada cavadela, cada minhoca. Que me lembre, e assim de repente, primeiro foi a história do aumento do salário mínimo. Que não podia ser e mais não sei o quê, quando o aumento prometido é pouco mais do que irrisório e o valor do dito salário, miserável. Não digo que em termos puramente económicos a sua objecção não faça algum sentido, mas vir assim dar a saber aos portugueses que é contra o facto de eles poderem ficar um bocadinho menos miseráveis? Uma candidata a primeiro-ministro com as eleições à espreita? Está a pensar em ganhar votos onde? Depois foi aquela enormidade sobre as grandes obras públicas - às quais se opõe, claro. Iadaiadaiada, que só irão beneficiar africanos e ucranianos. Mas quer dizer exactamente o quê com isto? Que os portugueses não trabalham no duro? Que não há portugueses nas obras? Que as grandes obras públicas se fazem só com serventes de pedreiro? A senhora sabe fazer-se gostar, de facto... vai ser só votos! Para cúmulo, e não contente com a repulsa que seguramente provocou em todos os portugueses que ganham mal e que têm empregos precários, hoje (queixando-se da pouca importancia que lhe dão - porque será?), resolveu ganhar igualmente o ódio dos media, ao afirmar que “Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite”. A sério. Ipsis verbis. Anseio pela próxima cavadela e pela próxima minhoca. Que, pelo andar da carruagem, corresponderão seguramente ao escavanço de um túnel muito fundo onde a senhora se irá enterrar para dele retirar uma enorme e gorda jibóia. Isto promete.
Isto é brutal.
Já aqui o disseantes: os meus selectos neurónios não estão devidamente afinados para as questões económicas, daí que não tenha percebido ainda muito bem os contornos da questão do BPN. Parece-me, no entanto, que se há uma entidade que é suposto supervisionar a actividade dos bancos, quando um destes mergulha num afundanço tal que o Estado tem de lhe injectar vários milhões para que o pequeno cliente não perca o dinheiro que lá depositou, algo falhou na supervisão. Se é motivo para o responsável máximo do orgão supervisor se demitir, não sei. Assim à primeira vista, quatrocentos milhões parecem-me um excelente motivo; os vários milhares que Constâncio ganha por mês e que justificariam que fizesse um excelente trabalho, também. Mas é como digo: não sei exactamente onde este terá falhado e porquê, e não li nada sobre as eventuais explicações que terá dado na AR. Mas uma coisa, confesso, deixou-me muito má impressão sobre a criatura: há um ou dois dias, instado pelos jornalistas à entrada para qualquer coisa, sobre a questão do BPN, ignorou-os completamente, não os olhou nem lhes respondeu. Nem um “agora não vou responder, fá-lo-ei mais tarde” ou “agora não, desculpem, obrigado”, qualquer coisa. Nada. E isto é muito mau. Porque há uma pessoa que é paga principescamente por todos NÓS para vigiar o sistema bancário e garantir que o nosso dinheirinho fica ali exactamente onde a gente o pôs para quando precisarmos dele, mas que não se digna a olhar para quem nos está a tentar informar, ou seja, nem se preocupa em dar-NOS (contribuintes, clientes dos bancos, espectadores do telejornal em questão) uma palavrinha de atenção sequer. Ora eu detesto gente assim, detesto. Como aquelas pessoas que, interpeladas pelas miúdas romenas que vendem pensos, pelos pedintes ou pelos arrumadores, não os olham na cara nem dizem que não querem, não compram ou não dão, obrigado - como se não fossem pessoas, seres humanos, que ali estivessem à espera de uma resposta qualquer para poderem seguir com as suas vidas. Infelizmente, gente como Constâncio pertence à maioria dos portugueses: tanto nos transeuntes anónimos como nos políticos conhecidos, raros são os que param, olham nos olhos a quem se lhes dirige e se dão ao trabalho de educadamente responder, nem que seja para descartar o interlocutor. A única coisa que distingue o Constâncio mal-educado daquele casalinho de funcionários públicos que ontem, à minha frente no restaurante, dava as mãozinhas e se olhava imbecilmente com ar apaixonado enquanto um indiano supostamente invisível lhes perguntava insistentemente se queriam uma rosa, é o montante do ordenado que pagamos a um e aos outros. O mau carácter é o mesmo. E as pessoas de mau carácter não são de confiança - o que me parece um ponto de partida suficiente para quem, como eu, pouco percebe dos meandros do sistema bancário.
Absolutamente viciante, é o que vos digo. E eu não sou nada de vícios virtuais - tirando os blogues, claro (que cinco anos depois já me correm na massa do sangue). Mas a sério: quais blogues, quais quê: Facebook, meus amigos - fixem este nome. Uma data de trintões/quarentões a brincar aos adolescentes; boy meets girl, girl meets boy, old friends, (não daqueles no banco do jardim como bookends) meet old friends, that meet new friends... E ainda agora comecei. Giro, muito giro.
"Bloco de Esquerda added you as a friend on Facebook. We need to confirm that you know Bloco in order for you to be friends on Facebook."
De repente, uma série de amigos hors-blogs desataram a enviar-me convites para o Facebook. Tive que criar uma conta para poder comunicar com eles, sendo que ainda não percebi como se faz. Só para chatear, e porque mo perguntaram, resolvi enviar uma data de convites de "amizade" para alguns dos meus contactos aqui nos blogues - bom, no fundo, para as minhas pessoas favoritas, ou seja, aquelas com quem mais simpatizo, independentemente de sermos ou não grandes amigos. É claro que são só meia dúzia, já se sabe que sou basicamente um bicho do mato, muito pouco social-virtual. Depois, arrisquei e convidei outras pessoas de quem gosto, mas que nem sequer têm facebook (segundo o que eles me dizem). Portanto, basicamente, obriguei-os a fazer o que me fizeram a mim: ai queres falar comigo, então inscreve-te e manda pic (very old private joke). E eles inscreveram-se! Sendo que não faço a mais puta ideia de como comunicar com eles... Aquilo é só smiles e bonequinhos e envios de coisinhas e gadgets e pedidos de beijinhos e quizs e prendinhas na árvore de Natal e... Bom, mas parece-me MUITA GIRO!
(parece que nós, adultos, finalmente descobrimos como ter o nosso HI5 sem sentirmos a culpa associada à infantilidade que é ter um HI5...yes!)