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Controversa Maresia

um blogue de Sofia Vieira

Controversa Maresia

um blogue de Sofia Vieira

"I´m a dog person"

por Vieira do Mar, em 23.10.08

A Oprah fez um programa sobre as puppy mills, as fábricas de cachorros nos EUA,: uma realidade escabrosa, onde cães vivem em coelheiras só com o fim de se reproduzirem, sem carinho,  condições de higiene, e num sofrimento profundo. Muitos, quando resgatados, não sabem andar no chão, pois estiveram toda vida sobre grades; não ladram, porque lhes enfiaram tubos pela garganta para lhes danificarem as cordas vocais; e as fêmeas têm tumores nas maminhas por amamentarem demais no meio da porcaria e da lama. O programa mostra a bondade e a carolice de gente dos abrigos de animais , que os salva do inferno, dando-lhes cuidados médicos, um espaço para brincarem e muito amor, após o que os encaminha para adopção. Depois de alguns minutos ficamos com a certeza de que, se existe um céu, está reservado para estas pessoas. É claro que há uma manipulação sentimental à boa maneira americana, eficaz e profissional (fartei-me de chorar), o que em nada desmerece da bondade da coisa, em todos os sentidos. Não sei se aqui em Portugal existem fábricas de cachorros destas, que vêem os animais como um produto de consumo rápido - até porque não haverá mercado suficiente paras escoar a produção em massa. Mas haverá criadores mais e menos responsáveis que, no meio do campo, violarão os direitos dos animais em nome de um lucro mais fácil. Por esta razão, sempre torci o nariz a comprar cães nas lojas dos centros comerciais, embora uma ou outra vez tenha cedido à tentação. Verdade se diga que compensei o pecado com a recolha de alguns canitos abandonados, todos rafeiros (rafeiros não: de raça promenade-mijon, como diria uma amiga). Mas a perspectiva de poder estar a contribuir para um comércio cruel revolve-me o estômago, em especial depois de ter visto este programa. Para mim os cães são animais extraordinários cuja companhia enriquece brutalmente os humanos. Para quem tem condições para os ter e está a pensar nisso, aconselho vivamente, em especial se houver crianças ao barulho: os miúdos interiorizam mais facilmente conceitos como companheirismo, altruísmo, responsabilidade,  o respeito pelos animais em geral e pela natureza. Mas, se estão a pensar em comprar um daqueles lindos e de porte principesco que custam uma pipa de massa, de uma daquelas raças muito na moda que impressionam os pategos, vão primeiro a um abrigo de animais. Há imensos espalhados por Portugal fora (basta googlar), porque neste país podem não existir fábricas, mas existem caçadores e novos-ricos, todos grandes gebos, que abandonam os cães à beira das auto-estradas quando estes deixam de servir para farejar coelhos ou quando começam a dar maçada com tanta vacina, desparasitação e passeios à rua. Até podem encontrar lá a raça que procuram porque, quando se trata de os abandonar a labregada não distingue, quer é ver-se livre de. E uma coisa vos garanto: um animal que tenham salvo vai dispensar-vos um amor incondicional, eternamente grato (e uma lambidela molhada e agradecida é uma coisa muito gratificante, apesar de um bocadinho nojentinha, vá). Podem começar já ali pelo blogue da Isabela, que tem dois raferinhos para dar.

 

 

 

(cada vez mais acho que o mundo se divide entre os que são dog persons e os que não são. o que não significa ter ou não ter cão. pode não se ter cão e ser-se á mesma uma dog person, é uma questão de alma. por outro lado, conheço várias pessoas que são dog persons. só que não o sabem ainda. todos os outros são, desculpem-me, um bocadinho aleijados de coração)

"ficha de inscriçãue"

por Vieira do Mar, em 23.10.08

Eu, que milito no FCCP (Futebol Clube contra o Porto) e que só desperto temporariamente  a minha alegria para o futebol  nos mundiais ou quando o Porto leva na pázinha e fica de monco caído, achei este post muito engraçado.

a minha menina cresceu

por Vieira do Mar, em 21.10.08

Assim que a li pela primeira vez, topei-a logo: tinha muito jeito, muito charme, dava tusa,  e depois  a minha curiosidade tuga de saber como é, ser tuga e viver na Cidade Maravilhosa,  e eles lá que são todos artistas, tanto artista por quilómetro quadrado, que sorte. E inveja, afinal, ela é praia e sol o ano inteiro e  cooper com o Chico e cruzar-se com escritores interessantes em livrarias cheias de charme e ambientes tropicais. Uma maneira de escrever muito fluida, assim de rajada, olha no que é que eu estou a pensar agora, muito boa de ler,  muito fácil (mas nem por isso facilitante).  Ficámos amigas, ainda antes de nos sabermos nadas e criadas praticamente no mesmo bairro. As mesmas ruas, os mesmos cafés, conhecidos comuns. Sei algumas coisas àcerca deste livro, portanto não tenho qualquer dúvida de que  é muito bom. A Mónica, a minha menina, cresceu, escreveu um romance à séria (mas com muita graça), que lhe saiu do pêlo (as coisas boas saem-nos sempre do pêlo) e quem olha agora com admiração para ela,  sou eu, de baixo para cima, Saravá!.  Por isso, ide! Ide já reservar o Transa Atlântica para quando sair, incréus, ide!, por que esperais? Pela segunda edição? Terceira?

amor verdadero II

por Vieira do Mar, em 21.10.08

Afinal, descobri uma versão ainda mais espectacular, também ao vivo. Reparem lá mais para o fim, na parte instrumental: como eles passam do son para o tango, depois para a descarga, a seguir para o bolero e de novo para o son. Mas não deixem de ouvir a entrada do princípio, em repeat mode. E atentem bem no piano. Maravilhoso. Juro que não entendo como se pode não gostar de música latina (da genuína, claro) mesmo que não se saiba dançá-la.

 

Amor Verdadero, Afro Cuban All Stars

 

 

(Ah! E a ouvir muito alto, de preferência com o PC ligado a umas harman kardon ou assim)

cuidado, Portugal!

por Vieira do Mar, em 20.10.08

À primeira vista, a já famosa cena da acção de formação sobre o Magalhães dá vontade de rir. Uma data de professores-palhaço, a alinharem em duvidosos números de circo. Números esses, por aquilo que me contam, não muito diferentes de certos eventos de outdoor e de team building nas grandes empresas. Ainda à primeira vista, os infelizes apanhados no vídeo fazem o que fazem pois só assim se poderiam candidatar ao sorteio de um Magalhães. A uma segunda vista, aquilo lembra o ensaio de uma  propaganda fascista ou comunista; e a uma terceira vista é muito mais do que isso: é  um sintoma  do totalitarismo do Estado que, insidiosamente, está a tomar conta da sociedade portuguesa  (que dorme, anestesiada). Um sintoma do medo que grassa actualmente  pela função pública e que leva as pessoas a fazerem certas coisas estúpidas que lhes são pedidas.  Um medo revelado pela multiplicação de ordens de serviço, de memorandos internos e de sugestões de actuação, destinados aos funcionários, à arraia miúda que,  assustada com a crise, com os despedimentos, a prestação da casa, não questiona duas vezes. Um outro sintoma é a intoxicação televisiva da imagem de Sócrates. Como um  verdadeiro Grande Líder, o primeiro-ministro não dá descanso ao seu povo: ele inaugura isto, ele distribui aquilo, ele visita aqueloutro… A qualquer hora do dia que se atente no que está a dar em algum dos canais (quando não em todos),  dá seguramente Sócrates, a propagandear-se e ao seu governo de forma descarada, sem qualquer pingo de vergonha ou de recato. Como qualquer Grande Líder que se preze, é na unilateralidade da mensagem, ou seja, no discurso em cima do púlpito, que se sente mais à vontade, recusando sempre que pode a concertação e o diálogo.   Aplaudido por uma massa política amestrada que ou tem medo ou é bem paga, ou ambas as coisas, não tem vozes contra - nem no PS, nem na oposição -,  e as poucas interpelações incómodas que lhe são feitas, rechaça-as  de forma mal-educada, disparando frases como “Agora não  porque estão à minha espera para jantar”. Com um enorme à-vontade, portanto, manda o país à merda em directo.  A imposição da imagem  do PM  visa propagar o culto da sua pessoa; pessoa, esta, cada  vez mais destacada do partido socialista e, até, dos restantes  membros do governo, meros obreiros do mestre.  Aos poucos, Sócrates tem vindo a despojar o país de massa crítica, insinuando-se como o paizinho da nação, o chefe modernaço-apoiante-das-novas-tecnologias,  treinando-se diariamente para uma nova maioria absoluta (que vai obter, pois não há alternativa: o PSD não existe). Para nosso azar, conta com um Presidente da República mansinho, mansinho, que se basta com um vetozito político de vez em quando e em passear com a sua Maria.

Cuidado, Portugal. Já houve ditaduras que começaram com menos, e algumas começaram assim: eleitas democraticamente.

 

 

 

 

parvoíces

por Vieira do Mar, em 19.10.08

Reparo que os elogios que leio pela blogoesfera aos “Contemporâneos”, salvo raras excepções, são uma forma velada e indirecta de subestimar o restante humor que se faz hoje em Portugal, e em especial, tá claro, o humor dos "Gato Fedorento" É ridículo, para além de intelectualmente desonesto, apesar de esta ser afinal uma atitude bem portuguesa, um tudo nada cobardolas. Os “Contemporâneos”  só de vez em quando têm alguma piada, e sobrevivem em grande parte graças ao talento daquele rapaz, o Nuno qualquer coisa, acho que é Lopes (no entanto, aquele personagem que parece ter paralisia cerebral e que manda trabalhar toda a gente é de uma boçalidade que me dá vómitos, mas admito que o problema seja meu). E que nunca, mas nunca, se aproximaram dos calcanhares do génio de Ricardo Araújo Pereira, mesmo nos seus piores momentos. As boas ideias não são tudo nem põem só por si as pessoas a rir - pelo menos a mim não põem, e eu tenho o riso fácil. Quem fala da irreverência corajosa do “casamento cigano” não se lembra com certeza dos “100 metros ciganos”, quando, se não me engano, os "Gato..." ainda paravam pela Sic Radical. Ter o desplante, então, de considerar os “Contemporâneos”, discípulos, superiores a Herman José, o Mestre, só pode ser uma provocação, e das parvas.

com a devida vénia, o senhor é um boi

por Vieira do Mar, em 19.10.08

Fui alertada por uma amiga para as polémicas que devastaram os blogues 5 Dias e Corta-Fitas, nos últimos dias. Como estou com tempo a mais entre mãos e uma crise de preguiça que nem vos conto, resolvi tentar perceber o que se passou. As razões, afinal,  são as mesmas que sempre levam à cisão nos blogues colectivos: uns, não querem que os outros escrevam certas coisas, mesmo que todos assinem e se responsabilizem por aquilo que escrevem; ou seja, uns, não querem ficar manchados pelas opiniões dos outros com as quais não concordam. O que me parece  um nadinha absurdo e contrário à própria filosofia de blogue colectivo (embora cada um deva poder definir a filosofia que muito bem entende, já se vê). Em tempos escrevi num blogue colectivo só de mulheres, o Sociedade Anónima, de muito boa memória, e posso garantir-vos que aquilo era um grande forrobodó, pois não podia haver um conjunto de mulheres mais diferentes entre si. Por vezes detestava o que algumas das minhas colegas escreviam; achava medíocre, piroso, entediante, irrelevante… para não dizer que não concordava pura e simplesmente com as suas opiniões ou modos de estar na vida. Escusado será dizer que elas terão pensado o mesmo e outras coisas mais daquilo que eu escrevia. Esta divergência de gostos, de estilos e de opiniões, que de vez em quando degenerava numas inócuas  lutas na lama, era igualmente visível na heterogeneidade dos comentadores, essencialmente compostos por homens a bater uma em frente ao computador, mas não só: havia de tudo e para todos os gostos. Bom, isto para dizer que, a mim, nunca me passou pela cabeça deixar de escrever na SOCA por causa de certas parvoíces que lá lia, nem, muito menos, me ocorreu pedir à nossa Chefa que corresse com alguma das recrutas (nem ela aceitaria, claro, isto é só para efeitos de um supônhamos). Porque acho que um blogue colectivo é giro assim: com muita diferença à mistura e até um bocadinho de porrada interna de vez em quando, desde que não descambe - o que inevitavelmente acontece, daí acabarem todos, mais cedo ou mais tarde. Por isso, é fartar vilanagem enquanto a coisa dura e não descamba. É claro que é preciso haver uma Chefa como a que nós tínhamos que, com paciência e diplomacia, conseguiu durante dois anos que não nos esgatanhássemos todas em alegres cat fights. Quem não gostou foi saindo, acompanhada de um ou dois posts curtos e grossos com breves explicações e agradecimentos, ponto. E foi assim que a Soca se tornou no melhor blogue colectivo que a blogoesfera portuguesa algum dia conheceu, tendo deixado muitas saudades. No caso do blogue Corta-Fitas, pelos vistos com uma filosofia diferente,  o que aconteceu foi apenas uma tentativa concertada de censura a um dos membros.  Se foi justa ou legítima,  não sei nem me interessa, aliás, aquela merda, tal como esta merda, é apenas um blogue. E não cessa de me espantar, como sempre, a quantidade de horas gastas e o dispêndio de energia, por parte destes homens de barba rija, homens feitos, imagino que muitos com filhos, se calhar já avôs, em picardias tontas, em discussões fúteis sobre liberdades e democracias, em discursos emotivos sobre quem sai e quem fica… no blogue. Na merda do blogue. HORAS naquilo, meu deus… DIAS. E depois o tédio, para quem está de fora e os lê. Porque, como fazem gala de mostrar que são filhos família, muito educados, não há peixeirada deveras, mas apenas um venenozito suave destilado nas entrelinhas, e primeiro que se mudem de malas e bagagens para um blogue qualquer ao lado, fáxavor! Fosse a dissenção entre mulheres ( e SÓ entre mulheres!, quero eu dizer), e meia dúzia de mails à porta fechada bastariam para pôr um ponto final no assunto rapidamente, pois haveria jantares ou broches para fazer, camas para compor ou para desmanchar e banhos para dar… ou para receber. E quem viesse atrás que fechasse a porta, à chave e com duas voltas, por causa das correntes de ar e das romenas das radiografias (e ainda dizem que não há diferenças entre os sexos… yeah right).

"o prazer da discussão"...

por Vieira do Mar, em 18.10.08

 "(…) estou convencido, concretizando outro exemplo, que por trás do fecho da Coluna Infame estava o facto de o Pedro Mexia e o Pedro Lomba terem descoberto, através de um croqui desenhado à mão, que o Pereira Coutinho teria como fantasia sexual esfregar os seus seis hectares e meio de testa no rabo do Daniel Oliveira (…)"

 

 ... e o prazer de ler e de gargalhar com o sempre absolutamente maravilhoso maradona.

 

os rastos mudos das nossas pessoas findas

por Vieira do Mar, em 18.10.08

Problemas de fins, sempre tive. O lidar mal com relações acabadas, mesmo quando sou eu que. Nunca me esqueço de quem foi em tempos da minha vida e isso limita-me, ou melhor, delimita-me: como não consigo detestar em permanência, só me resta continuar a gostar. E é assim que me emociono de longe com certas coisas da pessoa que um dia se findou em mim, persistindo em querer-lhe bem, em querer que a vida lhe corra bem. Afasto-me,  mas amuo e sorrio e continuo a precisar de assegurar-me que,  às vezes até a rondar um bocadinho. No exagero, entabulo conversas mudas e apetece-me chorar, embora nada deseje em contrário. Só me resta continuar a gostar de quem um dia gostei, mesmo com muito silêncio entre. E às vezes é só o que há, o silêncio, porque nem toda a inteligência, nem toda a bondade do mundo, substituem aquele entendimento intrínseco que alegra e enche de mística  certos amantes ou amigos, os privilegiados, uns poucos, os outros. No fim de contas, o desafio é este: o de conseguir viver com a saudade de alguém a quem já nada temos para dizer. O de seguir em frente quando pouco conseguimos deixar para trás.

 

una notte a napoli...

por Vieira do Mar, em 17.10.08

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