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Controversa Maresia

um blogue de Sofia Vieira

Controversa Maresia

um blogue de Sofia Vieira

ven, devorame otra vez

por Vieira do Mar, em 17.02.08
Abro a televisão e apanho o final de Dança Comigo. No palco, os concorrentes, os jurados e alguns outros, dançam ao som de Devorame Otra vez, uma das minhas salsas favoritas,  um bocadinho assassinada pelas cantoras e a orquestra de serviço, é um facto. Ninguém dá um passo de jeito - o que até se compreende, dada a falta de gosto de um tal de Camilis para a coreografia (apesar de, pelos vistos, ser essa a sua profissão), e a impossibilidade de, em poucos dias,  se apreenderem decentemente os passos principais (e a alma) de várias danças, como é exigido aos concorrentes (excepto alguns naturals). Salta à vista a falta de salero da apresentadora de serviço, ela  sempre tão armada em boa, tão “eu fui aluna do Conservatório”. É que, convenhamos, a gente ouve uma salsa destas e, se nos deixarmos ir, o que nos  apetece  é, no mínimo, abanarmo-nos indecentemente e mexermos tudo o que temos da cintura para baixo (no máximo, dá-nos vontade de mexermos também a parte de cima, e de preferência em cima de alguém). Ora então,  experimentem lá com a versão original de Eddie Santiago (um rapaz com um bigode extraordinário  para o qual convém não olhar fixamente se quisermos atender à perspectiva sexual da coisa).
 

...

por Vieira do Mar, em 16.02.08
Acabo um blogue de que gosto muito. Porque. Porque decido que não tenho tempo, que estou quase a ceder à tentação de postar só porque sim, porque não posso defraudar, está a piorar a olhos vistos. E o filme, o filme? Que filme hei-de pôr aqui?,  ou Que raio de sentimento me transmite este que acabei de ver? Nenhum, que chatice, nada me sai. Acabo um blogue, assumo a esquizofrenia, a falta de inspiração, o fechar de um ciclo. Acabo-o, e as ideias surgem em catadupa: a amiga que conta uma história, afinal há um filme que até me inspira ou um mal de amor que me apoquenta. Vou para a cama e não durmo, as palavras a martelarem-me a cabeça, aos pontapés, que querem sair, porra.  E eu não sei que fazer delas.

I´m fucking matt damon

por Vieira do Mar, em 15.02.08

 

A explicação AQUI. Sarah Silverman, brilhante.

estou chocada

por Vieira do Mar, em 13.02.08
 com o facto de Pacheco Pereira (PP) e  Eduardo Pitta  terem ficado chocados com a suposta ignorância literária da nossa “mais alta elite jurídica” quanto à identidade do autor de Os Budenbrooks, manifestada através do silêncio num programa de televisão, em directo. E, embora me tenha acontecido o mesmo que ao leitor de PP cuja opinião  certeira este tão generosamente transcreve no blogue (pois também nenhum daqueles se dignou responder a um mail que, em circunstâncias diferentes, lhes enviei - o que por acaso até me ofendeu), não é essa a razão pela qual me sinto chocada. Vamos lá a ver. O que ambos na verdade querem dizer é que aquilo, os magistrados e os advogados, são uma cambada de grunhos. De forma elegante e rebuscada, através de linque para aqui e de linque para acolá, mas no fundo é isso. Como é que é possível que a nossa "mais alta elite jurídica” não conheça/não recorde (riscar o que não interessa) o autor de uma das grandes obras da  literatura do séc. XX ? Portanto, e a contrario, associar de imediato e naquele contexto Thomas Mann à obra em questão, manifesta uma, digamos, elevação cultural . Só que, primeiro,  essa associação até eu faço (em especial se em casa e sentada no sofá) e aposto que, de acordo com os padrões dos visados, seria uma básica (por exemplo, nunca li Proust como dever ser). Depois, porque tenho do conceito de grunho  (esse antónimo pouco chique de culto) uma visão simultaneamente mais restrita (não será pela não associação referida que o gato irá às filhozes) e mais ampla. Para mim, grunhice (no tal sentido de  falta de elevação cultural) é por exemplo, um juiz julgar a condução perigosa num acidente de viação e não saber o que é um GPS ou não ter de todo carta; é não falar inglês e vir para os jornais fazer conversa de café sem se importar com quem arrasta consigo; é marcar quinze julgamentos para a mesma manhã, não receber os advogados no gabinete, pagar a seis euros a oficiosa; é não ler jornais diários, não saber estrelar um ovo e ter orgulho nisso; é ser tão paternalista que cai na discriminação por outra via, é fazer piadas sexistas, dar penas suspensas a agressores domésticos e considerar que um pontapé que mata um cão que tem dono é, quanto muito, um crime de dano simples, porque se trata apenas  de propriedade destruída; é achar que uma mulher provocou a violação porque usava mini-saia e não perceber que uma criança não pode passar anos entregue ao Estado nem ser arrancada à família a quem o mesmo Estado a deu a criar. Grunhice, é as “mais altas elites jurídicas” quererem deixar a todo o custo a sua pequena marca na história quando se apanham no poder, esquecendo os anos em que andaram aos papéis pelas comarcas; e é não ter a Fox em casa, não gostar de música, não saber usar um email e não saber quem é a Beyoncé. Toda esta santa ignorância, escolhida completamente ao acaso, de quem parou no tempo e  nunca se libertou dos rebanhos de cabras que pastam na sua cabeça, isso sim, é que me choca no meio jurídico. Porque é esta ignorância que nos afasta da Justiça, da equidade, da tolerância e da compreensão que devemos ter dos outros e do mundo que nos rodeia - coisas fundamentais quando queremos acusar, defender ou julgar. É evidente que a literatura também é muito importante para  a tolerância  e a compreensão: muito importante, mesmo. É uma forma de aprender e de apreender beleza, sentimento, saber. Agora, por ninguém avançar em directo com o nome de um escritor alemão, mesmo que um nobel?! Este é o pasmo de pessoas obviamente muito licenciadas (cujos curricula desconheço, que se note), rodeadas de milhares de livros, que falam e escrevem para uma plateia de poucas dúzias de outros bloggers igualmente literatos (e se calhar igualmente chocados): uns, porque cursaram nas faculdades de letras, outros, mergulhados nas letras por gosto. Mas, e eles?, o que leram de Kelsen, Zaccaria, Roxin? E do que leram, do que é que ainda se lembram, têem-nos na ponta da língua? O que ambos diriam se, num debate sobre literatura, sei lá, na casa Fernando Pessoa, nenhum dos presentes soubesse que o primeiro nome de Jescheck é Hans-Heinrich? Abandonavam a sala, chocados com a falta de cultura jurídica da "mais alta elite literária" a que sem dúvida pertencem?  

...

por Vieira do Mar, em 13.02.08
Santana Lopes, em plena Assembleia da República  aproveita a atenção que Sócrates obrigatoriamente lhe dedica, no debate sobre a classificação dos professores, para, à má-fila,  lhe atirar com aquela questão irrelevante desenterrada pelo Público sobre os projectos assinados e mais não sei o que é.  É de facto uma criatura iníqua sem qualquer noção de honestidade e de decência.

ora aqui está uma blogthing mesmo gira

por Vieira do Mar, em 13.02.08
You Are 36% Democrat
You're a bit Democrat, and probably more liberal than you realize.
If you're still voting Republican, maybe it's time that you stop.
How Democrat Are You?

via Bomba Republicana

camden

por Vieira do Mar, em 12.02.08
Em Camden passei as melhores manhãs de domingo, à procura de livros velhos, carrinhos de lata, molduras exóticas, panos indianos, roupa vintage, ténis Gola e candelabros e velas, enquanto enxotava o frio com noodles tailandesas e capuccinos do Starbuck´s junto ao canal.  É uma pena. Os sítios onde alguém algum dia foi feliz deviam ficar iguaizinhos para sempre.

grammys (2)

por Vieira do Mar, em 11.02.08
Em contrapartida, adoro a Amy Whinehouse.

grammys (I)

por Vieira do Mar, em 11.02.08
Devo ser a única pessoa abaixo dos quarenta anos que não gosta da Alicia Keys. Acho-a deselegante em palco. Mexe-se mal, grita imenso apesar da voz bonita,  e infelizmente não tem quem lhe diga que, com aquelas perninhas de bacorinho,  o uso de  leggings configura um ilícito de natureza penal.

música à maneira antiga

por Vieira do Mar, em 08.02.08
Com o advento revolucionário dos youtubes, a música nos blogues perdeu a piada que tinha. Se calhar isto é apenas conversa de velhota ultrapassada  (afinal, já cá ando há quase quatro anos... uma vida, portanto). É claro que acho o YouTube uma coisa fantástica, perco lá horas se puder, a saltar de um vídeo para outro, das relíquias para as novidades e vice-versa. Mas confesso que são poucos aqueles em que clico, para ver e ouvir, quando entro num blogue. A maior parte das vezes, nem chego a perceber do que tratam, vejo uma imagem difusa com um triângulo em cima e sigo em frente, para as palavras. A música no blogue passou a muitas músicas no blogue, sob a forma de post e à distância do copy paste de um código. Ora eu acho isso tudo muito bem, mas na verdade gostava muito da música como a tinha antigamente. Fui, aliás, uma das primeiras pessoas em Portugal a meter música no blogue (harrraaamm... mini-momento de vaidade às doze horas...), a música que eu queria, escolhida por mim nos meus ficheiros, através de um programa de FTP que me fazia o upload para uma homepage, na altura, da Netcabo. Latinadas e brasileiradas, sempre em auto-play para chatear os puristas e encravar os PC´s dos leitores que entretanto me liam a som da sua, seguramente, melhor  música (o que também não era difícil). Pois é só para avisar que a música neste blogue vai voltar, mas à maneira antiga.  Com a foto do artista (que será sempre um bom artista), com o leitor de MP3  por baixo e, sempre que me apetecer, em auto-play (por isso, não me chateiam com nhonhonhós, que a música que não sei quê) . É assim que eu gosto, é assim que eu me vejo: com musiquinha dos tops (mesmo que os do século passado)  a acompanhar-me as palavras. Oié.

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